O desligamento do refrigerador de vacinas do Centro de Saúde de Mariápolis, percebido na abertura do expediente da repartição, na última segunda-feira (18), levou a Prefeitura da cidade a abrir investigação e registrar boletim de ocorrência na Polícia. O poder público desconfia que o desligamento possa ter sido proposital. A informação foi divulgada neste sábado (23) pelo jornal Folha Regional.
De acordo com a publicação, no equipamento refrigerado estavam as vacinas para imunização de rotina, da população – cerca de 1.072 doses – para doenças como poliomielite, gripe, sarampo, caxumba, rubéola, hepatite A, hepatite B, tuberculose, tétano, coqueluche, rotavírus, haemophilus influenza B, pneumonia, meningite C, meningite ACWY, febre amarela, HPV, difteria, varicela e raiva humana.
Não foi preciso estabelecer o tempo em que as vacinas ficaram sem refrigeração, mas é possível afirmar que a alteração na temperatura pode provocar mudanças na estrutura dos imunizantes e interferir na sua eficácia.
Segundo o Folha Regional, uma notificação sobre o caso foi encaminhada à Divisão de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde, para analisar e orientar o município sobre as providências. Caso as doses sejam perdidas (descartadas), o prejuízo avaliado é de R$ 12.269,70.
Procurado pelo Folha Regional, o prefeito Ricardo Watanabe lamentou o ocorrido. “Vamos averiguar minunciosamente se essa situação foi causada por alguém que teve acesso à sala de vacinas e, se confirmarmos que sim, o responsável terá que arcar com as consequências desse ato. Agora, se a pessoa que fez isso achar que iria prejudicar a mim, prefeito, está enganada, porque ela colocou em risco a população que venha necessitar ser imunizada contra essas doenças nos próximos dias”, publicou a reportagem.
No lote, não estavam as vacinas contra a Covid-19, que foram recebidas por Mariápolis depois do meio da semana. (www.ifolharegional.com)