Através do trabalho de inteligência e monitoramento da Polícia Civil (PC) de Mariápolis, resultou na identificação dos autores que enganavam e induziam um casal de idosos residentes na zona rural do município, vítimas forçadas a comprar mercadorias para os criminosos e ainda, recebiam orientações a manter sigilo.
Os autores eram dois homens, um de 72 e outro de 51 anos, e uma mulher de 47 anos de idade. Os criminosos foram surpreendidos pela polícia quando chegavam à casa das vítimas na tarde desta terça-feira, 28, em um sítio há alguns quilômetros da cidade.
Ainda conforme a PC, partes dos objetos foram recuperados na casa de um deles, porém, a polícia também identificou a localização das outras mercadorias. Os autores responderão pelo crime de estelionato, com o agravante de terem agido em grupo, e ainda, por terem praticado o crime contra idosos.
Desfazer trabalho espiritual
Ao G1, a Polícia Civil informou que os golpistas são moradores em Lucélia. Eles teriam abordado o casal de idosos quando os mesmos seguiam de charrete para o sítio onde moram, que fica cerca de 3 km da cidade.
Os três golpistas trabalhavam como ambulantes vendendo peças de enxoval e ofereceram ao casal, que se recusou a comprar. Mesmo com a negativa, o trio segui a charrete até a propriedade rural.
Na nova abordagem ao casal, já na propriedade, o trio disse que havia um “trabalho espiritual” contra os idosos e que poderiam atuar para “desamarrar” tal situação. Dentro da estratégia de mascarar o golpe, os três pediram para o casal de idosos manter sigilo, condição para que o resultado desse certo e o “trabalho espiritual” fosse desfeito.
Depois disso – continua o G1 – os idosos permaneceram sob abordagem dos golpistas por 15 dias, quando o caso chegou ao conhecimento da Polícia, que iniciou as investigações.
Nessas duas semanas, o casal comprou cerca de R$ 3 mil em produtos para os golpistas. A Polícia conseguiu identificar as lojas onde os diversos materiais foram comprados.
Já a abordagem ao trio foi nesta terça-feira, quando os golpistas chegaram a sítio do casal, para dar continuidade ao golpe, sendo surpreendidos e abordados pelos policiais.
Os três golpistas foram conduzidos à Delegacia da Polícia Civil, em Mariápolis, onde negaram o crime. Um inquérito policial vai apurar todas as circunstâncias e responsabilidades no caso.