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Na virada, barulho de fogos assusta cadela e leva animal à morte em Adamantina

Da raça American Bully, a cadeia Kiara, de sete anos, não resistiu após crise em razão do barulho dos fogos, na virada do ano (Cedida).

Uma cadela da raça American Bully, que completou sete anos neste mês de dezembro, morreu nas primeiras horas do ano novo, nesta sexta-feira (1) em Adamantina, após assustar com o barulho de fogos de artifício, disparados por populares, e infartar. Ela atendida pelo nome de Kiara. O caso foi na região do bairro Jardim das Acácias.

Segundo apurou o SIGA MAIS junto a familiares donos do animal, a cadela se assustou com os fogos. Na casa onde estava, teve companhia até por volta de 2h da madrugada de hoje. Porém, quando os moradores da casa acordaram, ela estava sem vida.

Em uma publicação nas redes sociais, uma das tutoras de Kiara desabafou. “Espero que nos tempos que virão as pessoas consigam aproveitar a data com a consciência de que dá para se divertir sem fazer com que idosos, doentes e animais sofram com isso”.

Perigo aos animais

Apesar da queima de fogos ser momentânea, o estresse causado aos animais pode durar dias. Segundo especialistas, a agitação por conta do barulho pode causar ferimentos quando os animais buscam por abrigo, e pode provocar a elevação da temperatura corporal nesses animais, com risco de desencadear vômitos, diarreia e convulsões. E nas situações mais críticas, levar o animal a morte.

Projeto de lei que proibia fogos foi rejeitado pela Câmara, em 2019

Em 2019 tramitou na Câmara Municipal de Adamantina um projeto de lei (PL) de autoria do vereador à época, Acácio Rocha, que buscava proibir a soltura de fogos de artifício na cidade. Sob o argumento da proteção aos animais e às pessoas mais sensíveis, como idosos, crianças e autistas, a proposta não conseguiu a votação necessária, sendo rejeitado por 6 x 2 (reveja). A proposta recebeu votos favoráveis apenas do autor da iniciativa, Acácio Rocha, e também do vereador Alcio Ikeda.

Osvaldo Cruz aprovou lei neste ano proibindo soltura de fogos

Um PL de autoria dos vereadores Luis Ricardo Spada Bonfim e Lucas Canola Hirano, aprovado pela Câmara Municipal de Osvaldo Cruz no primeiro semestre de 2020, proíbe a soltura de fogos na cidade. Depois de aprovado pelo legislativo, a matéria foi sancionada e promulgada pelo prefeito da cidade (veja íntegra da lei).

Batizada de “Lei João Fernando”, a iniciativa faz referência a um jovem da cidade de Osvaldo Cruz, de 24 anos, autista. A vinculação aos traumas vividos por ele, em razão dos fogos, teve ampla repercussão na imprensa regional.

De acordo com a professora Branca Romanini, desde pequeno seu filho tem sensibilidade ao barulho, e sempre evitou de leva-lo a locais com alta incidência de ruídos e aglomerações, porém não conseguia protege-lo do barulho dos fogos. Segundo a mãe, a audição aguçada do rapaz faz com que ouça o barulho dos fogos, mesmo de muito longe.

Uma saída encontrada pela mãe era colocar o filho no caro e procurar locais afastados, longe do barulho. Essa situação condicionou o filho a entender que todas as vezes que entrava no carro, estava seguro.

Em razão dos fogos – segundo a mãe – João Fernando entrou em depressão, e associou o carro como um ambiente seguro. Nessa fase ele passou 11 dias dentro do veículo. A mãe diz ainda que nem mesmo os remédios e terapia foram suficientes para tirar João de dentro do automóvel. O jovem só conseguiu sair com a ajuda de profissionais. Depois disso ele foi internato, por um período, em um hospital psiquiátrico. (sigamais.com)

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