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Morte da menina atropelada por ônibus da Prefeitura de Pacaembu faz um ano e família ainda espera justiça

Pacaembu, sexta-feira, 11 de novembro de 2022; data que ficou marcada pelo triste episódio, que terminou com a morte da pequena Alici, que conforme a apuração feita pela Polícia Civil, teria sido atropelada pelo ônibus de transporte coletivo da Prefeitura de Pacaembu.

A criança chegou a descer do ônibus, caiu atrás da roda traseira e acabou atropelada. Morreu no local, antes mesmo que pudesse chegar ao “último ponto” e ao encontro do abraço dos pais, o lavrador Ailton Máximo e sua esposa, Dara.

A tragédia que chocou e deixou uma marca de dor na vida de uma família inteira e que comoveu Pacaembu e região, completa hoje um ano, 365 dias sem o sorriso de uma criança que transmitia a alegria por onde passava e que mesmo tão inocente, tinha pela frente a chance de cultivar sonhos e alcançar conquistas.

Na manhã deste sábado, fomos ao reencontro de Ailton, Dara e de suas duas filhas. No colo, uma delas, a bebê que nasceu meses após a morte de Alici e que em homenagem à menina, recebeu o mesmo nome da irmã que só conhecerá por fotos e pelo que ouvirá dos pais e familiares.

O local, o Cemitério de Pacaembu, onde os pais traziam nas mãos doces, enfeites e balões; um deles com o número “1”, alusivo ao último ano vivido por eles, em que tudo perdeu a cor e a graça, onde só sobrou o desejo de que a Justiça seja feita e que haja a responsabilização dos culpados pelo fato.

“Já se passou um ano e até hoje estamos esperando que seja feita a Justiça pela morte da nossa filha. E o que aconteceu é que nenhum suporte por parte da Prefeitura foi dado, além de sermos chamados para um acordo que calaria nossa boca e encerraria o assunto de uma vez”, destacou bastante emocionado o pai Ailton ao jornalismo Folha Regional.

Com a voz bastante embargada e com lágrimas nos olhos, o casal falou ainda que “votou no prefeito atual e que em seu entendimento, ele deveria defender os problemas do povo, afinal, foi eleito para isso. Mas o que ele fez, foi esconder o seu assessor (secretário), que ocupa um cargo político e que foi o responsável em colocar um funcionário que não tinha condições para dirigir um ônibus e por risco a vida da Alici e de todo mundo que estava no veículo”.

O pedido que fica e que não vai calar, conforme Ailton e Dara, é o de justiça. Conforme eles, por uma questão de honra à vida da filha e de toda a família que foi vítima da irresponsabilidade múltipla de pessoas que tinham ciência do risco e que poderiam evitar a tragédia.

“Não vou me cansar. Enquanto viver, vou bater na porta do Fórum, da Promotoria e de onde tiver que ir para fazer justiça pela morte da minha pequena que aqui está enterrada, mas que jamais será esquecida e nunca sepultado o direito de ver os responsáveis pagando pelo que fizeram com a gente”, finalizou o pacaembuense Ailton Máximo da Fonseca.

O caso segue em andamento pelo Fórum de Pacaembu. Nossa reportagem seguirá acompanhando o caso. (folharegionalnet.com.br)

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