Novos casos de varíola dos macacos foram confirmados em cidades do noroeste paulista, nesta quarta-feira (17).
Segundo a Prefeitura de Ilha Solteira (SP), o município registrou o primeiro caso da doença.
O paciente é um homem de 33 anos que viajou a São José do Rio Preto (SP) e teve contato com outra pessoa que testou positivo para a doença. Ele está bem e em isolamento domiciliar.
O outro caso confirmado foi em Rio Preto. Trata-se de um jovem de 18 anos que apresentou sintomas no dia 27 de julho e confirmação para a doença no dia 15 de agosto.
Com a confirmação, o município contabiliza oito casos da nova varíola, sendo que um paciente se recuperou.
O vírus da Monkeypox faz parte da mesma família da varíola, e o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. A transmissão ocorre entre pessoas, principalmente por meio do contato íntimo.
Ataques a macacos foram registrados na região de São José do Rio Preto, depois que casos da doença foram confirmados.
Pelo menos dez animais das espécies sagui e prego foram resgatados com sinais de intoxicação ou agressão. Sete deles morreram. Os demais estão sendo monitorados pelo Zoológico de Rio Preto.
Nesta quarta-feira (17), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve em Tatuí (SP) e comentou sobre os ataques aos animais no noroeste paulista.
“Também não é para sair matando os macacos. Em São José do Rio Preto mataram macacos. O macaco é tão afetado pela doença quanto nós”, disse.
A Polícia Militar Ambiental acredita que os casos de intoxicação foram motivados por medo da nova varíola, que é transmitida entre humanos. Para evitar novos casos, a corporação reforçou o patrulhamento nas matas. Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil.
Como se prevenir
- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
- Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;
- Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;
- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
- Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
Principais sintomas
- Aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus;
- Caroço no pescoço, axila e virilhas;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Calafrios;
- Cansaço;
- Dores musculares.
Como ocorre a transmissão
- Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva. (Por G1 Rio Preto e Araçatuba)