Acidente matou o motociclista Evandro Sérgio de Oliveira, de 49 anos, em 22 de dezembro.
Um ato pacífico no começo da tarde do sábado (4) reuniu familiares e amigos de Evandro Sérgio de Oliveira, de 49 anos, que morreu na madrugada do dia 22 de dezembro, a poucos dias do Natal, quando a moto que pilotava foi atingida na traseira por um automóvel na Avenida Rio Branco, centro de Adamantina. A morte abrupta no trânsito repercutiu em toda a região.
Com camisetas carregando o rosto de Evandro estampado e pedido por justiça, a manifestação pública mobilizou seus familiares e amigos. Evandro era filho de Arlete Sacoman, dona de uma barraca de pastel que atende nas feiras livres de Adamantina.
O local escolhido para o encontro foi o pátio da feira livre na estação recreio, próximo ao ponto onde é montada a barraca de pastel, onde atuava em colaboração com sua mãe. Nas falas, pelo serviço de som, houve menções à memória de Evandro, sobretudo sua relação familiar, com amigos, e o gosto pelo esporte.
Outros pontos foram os pedidos por justiça na apuração das responsabilidades quanto ao caso, à atuação positiva das polícias civil e militar, ministério público e poder judiciário, e críticas pontuais à legislação brasileira, sobretudo quanto à responsabilização criminal. Foram mencionadas ainda observações quanto ao trânsito de Adamantina.
Ainda na manifestação os momentos de maior emoção foram marcados pelas falas invocando questões de fé e espiritualidade, e orações.
Relembre
Na madrugada deste domingo (22) no centro de Adamantina, Evandro Sérgio de Oliveira, que estava indo para a feira-livre onde trabalhava com a mãe em uma barraca de pastel, morreu após ter a moto que conduzia atingida na traseira por um automóvel Honda Civic. Os dois veículos seguiam pela Avenida Rio Branco, sentido Santa Casa/Jardim Adamantina.
O ponto da colisão foi nas proximidades da portaria do Hotel Vila Verde. O condutor da moto foi socorrido cerca de 50 metros do local, nas proximidades da Loja Actual, embaixo de uma camionete que estava regularmente estacionada pela via. A moto também foi encontrada pelas proximidades da loja.
Já o condutor do automóvel, de 31 anos, parou logo à frente, na altura da Agropecuária Boi Forte, onde aguardou a chegada das autoridades. O veículo ficou com a frente e para-brisa destruídos pelo impacto.
Após o acidente a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados, para o atendimento. Evandro chegou a ser socorrido pelas equipes de resgate, recebeu procedimentos iniciais no local para reabilitação cardiorrespiratória e encaminhado ao pronto-socorro da Santa Casa de Adamantina, porém não resistiu.
Concomitantemente a Polícia Civil foi acionada para o registro da ocorrência e iniciar a apuração do caso. O delegado de plantão Paulo Henrique Aparecido Lozano compareceu ao local e passou a reunir as informações para a instrução do boletim e das medidas pertinentes no âmbito da polícia judiciária.
Conforme o delegado plantonista, o condutor do automóvel se recusou a realizar o teste do bafômetro oferecido pelos Policiais Militares que atenderam a ocorrência. Ele não apresentava sinais de embriaguez e em mostrou-se abalado com o ocorrido e preocupado com a vítima.
Ao ser apresentado ao plantão da Polícia Civil também se recusou ao exame de sangue. O delegado acionou o médico legista que, em exame clínico, atestou hálito discretamente etílico, apontando eventual consumo de álcool, porém não estaria embriagado.
Em suas primeiras declarações, conforme o delegado, o condutor disse que se deslocava pela via, observando o semáforo à frente, e que não teria visto a moto, evoluindo para a colisão.
Preso em flagrante e liberado pela Justiça após audiência de custódia
O condutor do veículo que colidiu na traseira da moto, foi preso em flagrante com base no Artigo 302, § 3º do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Essa norma tipifica o homicídio culposo na direção de veículo automotor, estando o condutor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa.
Na mesma data foi liberado pela Justiça na audiência de custódia, mediante pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil, para responder em liberdade. A investigação sobre o acidente segue em andamento pela Polícia Civil. O laudo pericial sobre a velocidade empregada pelo carro na Avenida Rio Branco é uma peça importante para a apuração do caso. Após a conclusão do inquérito a peça policial deve ser remetida ao Poder Judiciário, onde se instala uma nova etapa processual.
A velocidade máxima em uma via coletora – como é o caso da Avenida Rio Branco – e quando não houver uma delimitação específica, é fixada em 40 km/h, conforme estabelece o Artigo 61 do CTB. (Sigamais)