Foi preso na noite de ontem, quinta-feira (12), pela Força Tática da Polícia Militar, o servente Jorge Marcelo Barreto, de 32 anos, acusado pelo feminicídio praticado na noite desta terça-feira (10), em Adamantina, onde a ex-companheira Mara Jaqueline Flor dos Santos, de 29 anos, foi morta com cortes na altura do pescoço, diante do filho dela. O crime ocorreu na região do bairro Jardim Primavera.
O agressor fugiu após o crime e desde então passou a ser procurado pelas polícias Civil e Militar de Adamantina e região, sendo preso por volta das 22h de ontem em uma chácara, no Jardim Guarujá, em Osvaldo Cruz. A Força Tática da PM chegou até ele a partir de denúncias anônimas. Segundo o 1º tenente Guilherme Minoru, da Polícia Militar, o homem preso confessou o crime e alegou tê-lo praticado por motivos passionais.
O acusado foi encaminhado pela Força Tática da PM ao plantão da Polícia Civil de Osvaldo Cruz, e depois a Adamantina, sendo recolhido à Cadeia local, onde deve prestar depoimento junto à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que preside o inquérito, que busca esclarecer todas as circunstâncias do crime, bem como localizar a faca usada no crime.
Justiça decreta prisão temporária de 30 dias
A prisão do acusado, fora do flagrante, é amparada por um mandado de prisão temporária expedido na quarta-feira (11), dia seguinte ao crime, pela Justiça de Adamantina. Agora, vai responder ao inquérito, pelo crime de homicídio qualificado. A prisão temporária pode, eventualmente, ser convertida em prisão preventiva, para que o acusado responda preso a todo o processo.
Comparsa foi preso pela Polícia Civil
Um outro personagem foi preso na tarde de ontem, quinta-feira (12) pela Polícia Civil no distrito de Iubatinga, em Caiabú. Ele foi autuado como coautor do crime. Segundo a Polícia Civil de Adamantina, a investigação permitiu apurar que o autor do crime foi auxiliado por um terceiro, que conduziu seu próprio veículo, levando o agressor até a casa da vítima, no bairro Jardim Primavera, aguardando o cometimento do crime e, em seguida, dando fuga para ele.
Ele foi preso após trabalho de investigação realizado pelas equipes da Polícia Civil de Adamantina – Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE). A prisão também é amparada por mandado judicial.
O coautor foi ouvido e transferido para a cadeia pública de Presidente Venceslau, onde está recolhido, também à disposição das autoridades. O carro usado no crime foi periciado e apreendido.
Frieza: homem matou a mulher diante do filho dela
Segundo relatos da irmã da vítima, a mulher havia se separado do suspeito e chegou a mudar-se de casa várias vezes, já que o homem a perturbava.
Na noite do crime, segundo revelou a irmã, o homem enviou uma mensagem à vítima, pedindo documento do filho dela. Ele havia assumido a paternidade da criança e alegou que tinha a intenção de tirar seu nome do registro de nascimento, pois não queria manter esse vínculo.
Com essa alegação, combinou com a vítima de encontrá-la em uma esquina da rua. Com medo e temendo alguma reação de violência, a irmã se dispôs a levar a certidão de nascimento, e assim o fez.
Depois disso o homem mandou outra mensagem à vítima, dizendo que ela poderia buscar o documento, no mesmo local. Novamente a irmã retornou ao ponto de encontro, quando um amigo da família contou que a irmã havia sido esfaqueada.
De acordo com relato do amigo, à irmã da vítima, o agressor chegou na varanda da casa e pediu que a ex-companheira para pegar a criança no colo, que foi entregue a ele.
Foi quando o agressor devolveu o filho e em seguida atingiu a mulher com uma faca, na altura do pescoço, fugindo em seguida. A vítima conseguiu entrar na casa e colocar a criança no carrinho, caindo em seguida na cozinha, onde permaneceu até a chegada da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Ao chegar no local a equipe do Corpo de Bombeiros encontrou a mulher já sem os sinais vitais, caída no cômodo, com o corte no pescoço e intenso sangramento. Ela foi removida ao pronto-socorro da Santa Casa de Adamantina, onde foi confirmado o óbito.
O corpo de Mara Jaqueline Flor dos Santos ocorreu no Velório Municipal de Mariápolis e sepultado no cemitério local. Ela deixou três filhos. (sigamais.com)