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Bebês de detentas com sífilis terão acompanhamento após saída do cárcere

Depois de seis meses, bebês nascidos de mulheres presas são entregues aos cuidados de familiares

Quando completam seis meses de vida, bebês nascidos de mulheres que cumprem pena na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista deixam a Ala de Amamentação e são entregues à família das sentenciadas, conforme legislação. Durante o período que permanecem no cárcere, os recém-nascidos são acompanhados por equipe de saúde, recebendo atendimento especializado, com atenção especial voltada àqueles nascidos de mães portadoras de sífilis. No entanto, a continuidade deste acompanhamento quando saem da unidade prisional, que deveria seguir até os 24 meses de vida da criança, fica à mercê dos novos responsáveis o que, por muitas vezes, não ocorre.

Visando garantir a continuidade desse acompanhamento, a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista realizou na última quarta-feira (1) uma reunião técnica com representantes da saúde municipal. Na ocasião, discutiu-se a questão do manejo clínico dos casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita (transmissão da mãe para o bebê durante a gestação ou parto). Por fim, definiu-se um fluxo para continuidade do tratamento dos bebês após o cárcere: a penitenciária emitirá um relatório de saúde em pediatria que seguirá junto ao bebê para continuar a ser assistido na rede de atenção básica do município em que passará a viver com seus familiares. A unidade ainda informará a saída da criança à Secretaria de Saúde de Tupi Paulista que, por sua vez, tomará as providências necessárias para acompanhamento.

Reunião definiu estratégias para garantir atendimento a bebês de detentas com sífilis, junto à atenção básica, quando após seis meses de nascidos são colocados sob cuidados de familiares (Foto: SAP).

Doença

“A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), considerada como um grande problema de saúde pública, que pode passar da mãe para o bebê durante a gestação ou parto, chamada de transmissão vertical, e que pode causar no filho má-formação, surdez, cegueira e até mesmo aborto. Daí a necessidade de acompanhamento médico pós nascimento, até os 24 meses de vida”, explica Adriana Alkmin Pereira Domingues, gestora da penitenciária.

Encontro

Além da gestora do presídio, participaram também da reunião técnica a articuladora da rede de atenção básica da Diretoria Regional de Saúde XI de Presidente Prudente, Maria Luiza Rodrigues Braga; a diretora da Vigilância Epidemiológica de Tupi Paulista, Edilene Lima de Oliveira; e a representante do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) XXII de Presidente Venceslau, Lucimara Cristina Weller. Além delas, estiveram presentes membros da equipe do Núcleo de Atenção à Saúde da penitenciária: as servidoras Cleuza Casconi e Claudineia Macedo; os médicos ginecologistas, Dra. Maria Abadia Rezende Mizuno e Dr. Manoel Carlos M. Felzener; e a pediatra, Dra. Carla Regina Grecco Paes. (Por: Eliane Borges | SAP | Croeste)

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