Especialistas dão dicas para cuidar da saúde em tempos de pandemia
A palavra imunidade nunca esteve tão presente nas conversas em família, nos questionamentos com os médicos e na mídia. Ainda sem vacina para a COVID-19, manter a imunidade alta é uma importante arma para se proteger contra a doença, além, é claro, dos cuidados essenciais como uso de máscara, higiene frequente das mãos e distanciamento social.
O sistema imunológico envolve células de defesa e moléculas que reconhecem um antígeno e promovem a interação entre essas células e tecidos para agirem na destruição ou inativação do agente agressor e também promover a cicatrização. Segundo a cardiologista e coordenadora do serviço de check-up do Hospital Marcelino Champagnat, Aline Alexandra Ianoni Moraes, a imunidade começa pelo epitélio. “Assim como nossa pele muda ao longo da vida, nosso sistema imune é igualmente mais frágil em determinadas fases. No recém-nascido a pele não é tão bem desenvolvida. Já no idoso é mais sensível”, comenta a médica. Gestantes também têm redução na atividade imune, como em uma tentativa da natureza evitar que o corpo da mãe reaja contra o feto.
Outros fatores também colaboram para baixar a imunidade. Hábitos como tabagismo, consumo de drogas e álcool são alguns deles, mas podem ser evitados. Já a quimioterapia e medicamentos como corticoides tratam doenças, porém deixam o organismo suscetível a infecções. Sono inadequado e estresse também pioram a imunidade, por isso terapias são grandes aliadas da saúde mental e física também.
O clima frio, vilão para doenças que vão desde resfriados até infartos, também afeta a imunidade. O aumento da concentração de partículas poluentes no ar e a maior circulação de vírus aliados à dificuldade das vias aéreas em mobilizar secreções ajudam a desencadear alergias, crises de asma e tornam o organismo mais vulnerável.
“Hábitos saudáveis são a melhor forma de manter a imunidade adequada”, comenta a endocrinologista do Hospital Marcelino Champagnat, Maria Fernanda Ozorio de Almeida. Atividade física moderada e alimentação rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais fortalecem o organismo, mas vale o alerta: “É importante ficar atento às receitas caseiras que circulam entre familiares e redes sociais. Não é uma colher de mel com alho ou suco de limão com própolis que, isoladamente, vai garantir a saúde ou prevenir determinada doença”.
O uso de vitamina D também ganhou destaque como forma de prevenir doenças, inclusive sendo indicada por muitas pessoas como segredo para combater o novo coronavírus. No entanto, o ideal é dosar os níveis de vitamina D no sangue antes de iniciar a suplementação, que deve ser sempre guiada por um médico ou nutricionista. Níveis elevados de vitamina D podem causar intoxicação, aumentando o nível de cálcio no sangue, levando ao mau funcionamento dos rins e colocando a saúde do paciente em risco. Zinco, selênio e vitaminas A, B e C também podem ser suplementadas, desde que com indicação médica.
Ter ciência do seu estado geral de saúde também é uma forma de prevenir e tratar precocemente eventuais doenças. Realizar um check-up periodicamente, preferencialmente com o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, pode melhorar significativamente a saúde geral do paciente. “Com as opções de check-ups oferecidas no Hospital, é possível fazer uma avaliação minuciosa da saúde em apenas algumas horas de consultas e exames e sair com uma orientação completa”, comenta a cardiologista. Durante a avaliação, são realizados exames de sangue, de imagem e cardíacos e o paciente passa por consultas com médicos generalistas, especialistas, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos, de acordo com seu perfil. (Assessoria Hospital Marcelino Champagnat)