O número de casos do novo coronavírus vem crescendo de forma acelerada no interior de São Paulo. Segundo levantamento feito pela Secretaria estadual de Desenvolvimento Regional de São Paulo, o número de casos confirmados de pessoas infectadas pelo vírus cresceu 3.302% no interior do estado entre os dias 1º e 30 de abril, passando de 129 casos para 4.389.
Apesar de o número absoluto de infectados se concentrar na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que engloba a capital paulista e cidades do entorno, o contágio cresce proporcionalmente a um ritmo quatro vezes mais rápido no interior e no litoral de São Paulo. Na RMSP, o crescimento nesse mesmo período foi de 770%, passando de 2.793 para 24.309 casos.
Até meados de março, o vírus estava restrito à região RMSP. Mas começou a se alastrar pelo interior e pelo litoral do estado. Em menos de 45 dias, o vírus chegou a todas as regiões do estado. Até 17 de março, apenas nove cidades da RMSP apresentavam casos e somente a capital registrava óbitos. Agora, já há casos confirmados em 344 dos 645 municípios paulistas (53% do estado) e mortes registradas em 158 cidades.
Região de Presidente Prudente tem 173 casos confirmados de Covid-19
Segundo levantamento da TV Fronteira/G1, a região de Presidente Prudente tem 173 casos confirmados de Covid-19, distribuídos em 37 cidades. O quadro de casos é atualizado diariamente. Desse total, há registro de 19 óbitos e 113 casos suspeitos aguardando resultados de exames. Outros 613 casos suspeitos foram descartados.
Na região os casos se concentram em três núcleos. O primeiro núcleo, com maior número de casos, envolve quatro cidades vizinhas: Presidente Venceslau (17 casos com 6 óbitos), Dracena (16 casos com 2 óbitos), Tupi Paulista (21 casos) e Junqueirópolis (16 casos). Juntas, as quatro cidades somam 70 casos com 8 óbitos.
O segundo núcleo é a própria cidade de Presidente Prudente, com 41 casos confirmados e 4 mortes. Já o terceiro núcleo envolve as cidades vizinhas de Lucélia (16 casos e 3 óbitos), Adamantina (11 casos) e Pracinha (1 caso). Juntas, somam 28 casos com 3 óbitos.
Os três núcleos respondem por 139 casos e 15 óbitos.
Alta de casos no interior e litoral coincide com queda no isolamento social
Segundo a Secretaria estadual de Desenvolvimento Regional de São Paulo, os casos vêm crescendo ao mesmo tempo em que a taxa de isolamento no estado vem caindo. A média de isolamento entre os dias 31 de março e 14 de abril era de 55% em todo o estado. Duas semanas depois, entre os dias 15 e 29 de abril, a média de isolamento chegou a apenas 49%. Na segunda-feira (4), a taxa de isolamento chegou a apenas 47% em todo o estado, abaixo do considerado satisfatório pelo governo paulista, que é de 50%.
O ideal, segundo o governo, é que o percentual ficasse acima de 70%, o que impediria a propagação do vírus e diminuiria as chances de colapso nos hospitais. “O isolamento social é apontado por médicos e especialistas como o recurso mais eficaz para enfrentar o novo coronavírus. É fundamental que a taxa de isolamento siga crescente para que continuemos a ter sucesso na estratégia de combate à doença, principalmente neste momento de franca aceleração da curva de contágio”, disse Marco Vinholi, secretário da pasta.
SP tem 34.053 casos da doença e 2.851 óbitos
Em todo o estado de São Paulo são 34.053 casos confirmado do novo coronavírus, com 2.851 óbitos. Os números foram atualizados às 15h desta terça-feira (5).
Mais de 300 internações ocorreram nas últimas 24 horas, chegando a 9,3 mil pacientes internados em hospitais de SP, sendo 3.661 em UTI e 5.694 em enfermaria.
Perfil da mortalidade
Entre as vítimas fatais, estão 1.668 homens e 1.183 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 73,4% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (716 do total), seguida por 60-69 anos (627) e 80-89 (550). Também faleceram 199 pessoas com mais de 90 anos.
Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (386 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (221), 30 a 39 (114), 20 a 29 (28) e 10 a 19 (8), e dois com menos de dez anos – o primeiro bebê que morreu na cidade de São Paulo tinha seis meses, com óbito confirmado em 25 de abril.
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (60% dos óbitos), diabetes mellitus (43,6%), doença renal (11,5%), doença neurológica (11,4%) e pneumopatia (10,5%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática.
Esses fatores de risco foram identificados em risco: 2.313 pessoas que faleceram por Covid-19 (81,1%) do total. (sigamais.com)